segunda-feira, 12 de outubro de 2009

E ASSIM - NÃO - CAMINHA A HUMANIDADE


Sexta-feira e o fim de semana se aproxima com um feriado de brinde na segunda. Chego em casa, coloco o lixo para fora, faço bagunça com as minhas duas cadelas de estimação. Arrumo uma coisa aqui, outra ali e resolvo esticar o corpo no sofá da sala. Espero minha cara metade chegar do trabalho para tomarmos um café e conversar. Levanto-me e vou fumar um cigarro na varanda enquanto a chuva fina e chata cai sobre o jardim.
Minha esposa chega e decide fazer uma pizza. Sentamos para comer e começa o jornal na TV. A partir deste instante surge a minha surpresa. “Barack Obama ganha Nobel da Paz”. Fico boquiaberto com a notícia e tendo entender o motivo de tamanha consideração para com o presidente estadunidense. Seria porque ele conseguiu a paz entre os estilistas de todo o mundo, ávidos por vestir a primeira dama? Acredito que não.
De acordo com a vontade de Alfred Nobel, criador do tão cobiçado título, o prêmio deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz". Então vamos por parte. Obama está em seu atual cargo a – apenas - 9 meses e já tirou até férias. Maravilha! Após sua memorável eleição em 2008, muitos temiam por sua inexperiência, mas o apoiavam. Pouco tempo se passou e a única ação realmente salvadora de Obama, foi entregar aos bancos norte-americanos bilhões de dólares dos cofres públicos, afim de, minimizar a crise econômica e sinceramente, não vejo nenhuma relação deste ato com a palavra paz.
No dia seguinte fui ao cinema muito bem acompanhado, para assistir o filme de Quentin Tarantino, sobre um grupo de judeus-norte-americanos assassinos de alemães no Terceiro Reich. Até ai tudo bem. É apenas um filme. O meu descontentamento aconteceu quando o primeiro trailler foi anunciado. A atriz dizia: “Meu filho vai se chamar Luiz Inácio”. A reação das poucas pessoas presentes na sala foi hilária. Enquanto alguns riam ironicamente – como eu – outros apenas balançavam a cabeça em sinal de aversão.
É nisso que da um presidente inexperiente americano chamar o presidente inábil brasileiro de “o cara”. O que acontece no mundo hoje é a aceitação de uma democracia mentirosa. Voltada para a aceitação de ícones como é o caso de Lula e Obama. Os povos das duas nações não votaram por um país justo e libertário. Votaram em seus marqueteiros. Votaram nas únicas opções das quais ainda não haviam dado consagro de confiança. Votaram em personagens que no caso do Lula tem o maior orçamento do cinema brasileiro. Fico imaginando quanto custará o filme de Obama. Vou sugerir ao parlamento norueguês e a academia sueca, instituições que decidem os ganhadores dos prêmios Nobel a criação do “Nobel do Desengano”. O povo brasileiro será um forte concorrente.