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Genial! |
Muitas
coisas estão acontecendo nesses últimos meses desde que fui diagnosticado com o
tumor. De Brusque voltei para casa em Joinville, de Joinville fui para
Brasília, de Brasília voltei para casa recentemente em Piçarras. Bastante para
quem retirou um testículo, acompanhou o regresso do câncer, depois o progresso e
atualmente a quimioterapia. Complexo? É um pouco. Napoleão esclarece. “Há ladrões que não se
castigam, mas que nos roubam o mais precioso: o tempo”.
O ladrão que me assaltou tem nome, sobrenome,
uma ficha extensa e apesar de levar parte do meu tempo, este marginal esqueceu
algo ainda mais valioso. A paciência. Esse se ele quiser eu até dou um pouco
para experimentar. E pelo que eu conheço deste malandro, logo, logo ele se
entrega. Só não sei se para o próprio tempo que roubou ou para a paciência que
perdeu de levar.
Falando
em paciência. Recebi da minha irmã um texto muito interessante sobre este tema e
um dos trechos descrevia o seguinte: “Considere quantas coisas difíceis
seriam muito menos difíceis com apenas um pouco de paciência. Obviamente que é
importante ter um senso de urgência, porém, também é igualmente importante
exercer equilíbrio advindo de uma disciplinada paciência” (Richard Avedon).
Tenha paciência, falava minha mãe
quando eu aprontava alguma travessura. Coisas da vida. Ou não.
Tempo e paciência.
Um não para, o outro sempre arruma um jeito de esperar um pouco mais. Um segue
uma rotina diária, o outro observa para ver o que vai acontecer. Um te avisa à
hora certa de começar, o outro te avisa quando parar. Um gira em torno Sol, o
outro gosta de apreciar a Lua. A única coisa que os aproxima é quando o tempo
pede um pouco mais de paciência. Perda de tempo. Portanto, a dica de hoje para
uma vida mais interessante é arrumar tempo para não perder a paciência.