quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CONLUIO ou sem LULA



Muitas vezes o mundo parece conspirar contra nós. Acordamos, escovamos os dentes, tomamos café, pensamos nos afazeres e seguimos com destino ao futuro incerto. Durante algum tempo mínimo esquecemos quem somos e porque todos os nossos movimentos acontecem. Encontramos pessoas, o telefone toca, falamos, resolvemos situações e nos sentimos úteis. Simplesmente pra nada. Apenas entramos na dança da vida comum. Tão comum que voltamos a pensar na falta do que nos falta.


Nada disso é uma alto afirmação ou uma descrição do que penso ou sinto. É apenas a visão externa de um homem perseguindo seu acaso e descobrindo o contemporâneo. Talvez por isso não consiga entender meus próprios anseios. Sou apenas um sonhador sem compostura pelo arame que ganho. Meus desejos são apenas meus desejos. Tão comum quanto a frauda suja de um recém-nascido.


Chico Buarque cantou em Copo Vazio de Gilberto Gil: “É sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar”. Isso seria apenas palavras ao vento, se elas tivessem saído da boca de um bêbado encostado sobre o balcão imundo de um bar numa esquina qualquer pedindo mais um pouco de cachaça. Mas, não. Os meus bocejos avisam que não. Neste momento presente, sou eu quem escreve e você quem lê. Nada mudará isso. Somente a vivência sabe ensinar aos seres humanos - quando chegarem próximos ao fim de suas vidas - quanto tempo ele perdeu com medo da morte. A idade será esquecida e a vida já terá passado. Diante de tudo isso pensei em como eu poderia mudar o mundo.


Primeiramente acabaria com a CIA, a ONU, o PT, o MST, o PMDB, a Al Kaeda, o Taliban, a camisinha, Brasília (não é o carro), a ignorância, o casamento, a Coca-Cola, o pernilongo, o cigarro, os senadores (mundialmente falando), a tristeza, o comum, o diferente, o carnaval, o silicone, o brega e a preguiça. Em segundo eu fundaria o B.A.R. Sigla sem definição nenhuma para o óbvio. Em terceiro eu aumentaria o número de mulheres. Apenas por uma questão de sobrevivência.


Obrigaria todo ser pensante a ler no mínimo dois livros por mês. Acabaria com os livros de alto-ajuda aumentando conseqüentemente a inteligência particular de cada um. Cobraria uma taxa para que nenhuma taxa fosse cobrada. Proibiria qualquer tipo de vestimenta. Construiria casas em frente ao mar para todos. Menos para aqueles contra as minhas ideias. Costumam chamar esse tipo de atitude de política. Descordo.


Pensei em chamar o Dr. Bacamarte para internar alguns ministros de estados, autoridades de todos os níveis. Públicas ou privadas. Já que para ele tudo e todos eram sinônimo de doidice. O problema será quando ele descobrir que o louco é ele, pois é assim que me sinto morando no país da maquiavelice administrativa. Normal.