segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Crônicas e Cronistas -




Esses dias atrás me apanhei pesquisando sobre cronista, crônica e ocorrências do gênero. Encontrei muita coisa, de concursos virtuais a Lourenço Diaféria. Sujeito do nome eu conhecia, somente não sabia de sua biografia. Ainda sim me surpreendi com algumas de suas crônicas e frases. Uma delas diz: “O cronista precisa fingir que faz crônicas por divertimento e que trabalha por não ter o que fazer. ” Me perguntei então. Faço crônicas ou trabalho? No momento decidi por fazer os dois. Vou continuar fingindo para me divertir e quem sabe trabalhar um pouco por pura distração.

Um pequeno ser atravessou o meu caminho neste sábado de sol e céu azul loco. Ouvi o seu choro desde manhã, mas não conseguia distinguir o que era realmente. Por volta da hora do almoço resolvi sair e ir até a rua para tentar achar o que era aquele barulho. Uns 30 metros depois de casa percebi que o gemido de socorro estava no alto do monte, onde eu conseguia subir apenas até uma parte, não alcançando o que poderia ser esse choro. Acabei ficando preocupado e liguei para os bombeiros. Enquanto esperava os soldados fui lá fora novamente ver como estava o barulho, quando de repente ouço o som ainda mais perto e subo uma pequena parte do morro. Para minha surpresa lá estava ela. Imunda de barro, a doida se jogou num barranco de uns cinco a seis metros de altura quando me viu. Eu podia sentir a sua felicidade ao me ver. Emociono-me com a lembrança. Tenho certeza que se ela falasse diria naquele instante para mim. “Como é bom te ver, me ajude, por favor,”. Foi isso que vi em seus pequenos olhos pretos.

Os bombeiros chegaram e conheceram a pequena guaipeca suja e assustada. Agradeci aos homens de boa vontade e entrei para cuidar daquela maluca. Tinha mais pulga na danada que gols do Messi em 2012. Dei pelo menos umas 15 enxaguadas nela entre shampoo inseticida e arrancadas de pulgas. Contudo, valeu a pena. Hoje é segunda-feira e a pequena Brisa. Esse foi o nome que dei a ela. Já esta interagindo com a Safira, a Jade e o Frederico, até lati no portão de casa. Claro que o seu latido ao lado do da Safira ainda é um pouco inferior, mas a Brisa não deixa barato e manda ira na garganta. Incrível sua energia apesar dos apuros que deve ter enfrentado e sua fragilidade. Figura essa Brisa. Guerreirona.

Assim como comecei, vou terminar com uma frase do Lourenço Diaféria que diz muito sobre o pouco que aproveitamos dos momentos certos. “E este é o nosso grande remorso: o de fazer as coisas urgentes e inevitáveis – tarde demais”. Se eu tivesse a obrigação de te dar um conselho hoje para que você tenha uma vida mais interessante eu diria o seguinte. “Problema seu.”

 

O vídeo de hoje é para quem gosta de velocidade e para quem não gosta também. É uma disputa entre um Fómula 1, uma moto Honda 1100 e um Super Boat. Insano isso. O ronco dos motores é música para os ouvidos...! Abraço e até sexta-feira!

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